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quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Aditivos Quimicos

Dificilmente, hoje em dia, o consumidor encontra nas prateleiras dos supermercados e entrepostos de comercialização, um alimento processado que não contenha nenhum tipo de aditivo químico sintético.
A indústria de alimentos e a química cresceram e se interligaram de tal forma que um complexo sistema de pesquisas científicas se dedica a buscar novos princípios ativos que forneçam condições essenciais ao processamento, tornem o alimento mais estável e atraente e prolonguem sua vida de prateleira. Somente nos E.U.A, são produzidos mais de oito mil tipos de aditivos anualmente.

O Ministério da Saúde define que "aditivo para alimentos é toda substância intencionalmente adicionada ao mesmo com finalidade de conservar, intensificar ou modificar suas propriedades, desde que não prejudique seu valor nutritivo." Na legislação brasileira são doze as categorias (classes funcionais) de aditivos: acidulantes, antiespumantes, antioxidantes, antiumectantes, aromatizantes, conservadores, corantes, edulcorantes artificiais, edulcorantes naturais, espessantes, estabilizantes, umectantes.
Para o consumidor, porém, o que é apresentado nas embalagens é uma verdadeira "sopa" de letras e números (P.I, EPX, A-I, CT II, etc.) de difícil compreensão para o público leigo que compõem a quase totalidade dos consumidores. Considerando que o Código do Consumidor garante a este o direito a uma informação clara e precisa no rótulo a respeito do que contém o alimento, ainda há muito o que se reinvindicar nessa área.
Os aditivos, quanto à sua origem, podem ser: naturais (extraídos de plantas), semi-sintéticos (obtidos a partir de substâncias naturias e sintetizados artificialmente) ou sintéticos (produzidos quimicamente em laboratórios). Outra classificação importante, diz respeito à sua presença nos alimentos, os aditivos podem ser:
  • Intencionais: aqueles adicionados propositadamente aos alimentos no processamento industrial. Podem ser obrigatórios (espessantes, estabilizantes) ou opcionais (corantes).
  • Incidentais ou Acidentais: são resíduos de substâncias encontradas nos alimentos como os agrotóxicos e antibióticos utilizados na agropecuária convencional.

O comitê de especialistas em alimentos de vários paises ligado à Organização Mundial de Saúde, não permite o uso de aditivos incidentais nos alimentos. Também as regras internacionais e mundiais para produtos agroecológicos além de proibirem o uso de agrotóxicos e de quaisquer outros produtos na lavoura e na criação animal que gerem resíduos potencialmente tóxicos nos alimentos, não admitem o uso de aditivos semi ou inteiramente sintéticos nos alimentos orgânicos. Desta forma, dão um passo adiante, no sentido de apresentarem um cuidado maior com a saúde dos consumidores.
Cabe ressaltar, contudo, que alguns aditivos naturais utilizados pela indústria são, inclusive, substâncias essenciais ao corpo humano, como as vitaminas A, C e E. Outras são encontradas naturalmente nos alimentos (como o a lactose do leite e a albumina do ovo) e adicionadas a outros produtos sem riscos de gerarem efeitos colaterais. Para saber o que é permitido na produção agroecológica, é necessário consultar o Anexo V da Instrução Normativa n0 007 de 19/05/1999. Em caso de dúvida sobre algum aditivo natural que não esteja contemplado nesta lei, o consumidor deverá entrar em contato com uma das entidades certificadoras, a fim de obter esclarecimento sobre o tema.

Camila de Souza Kohl

Um comentário:

  1. Quais as vantagens e desvantagens para a população em relação aos aditivos químicos?

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